Correr mais rápido não significa que as corridas se tornem mais fáceis.
No fundo, quase todo atleta quer ser mais rápido.
Ninguém se inscreve para os primeiros 5k e, depois de terminar, estabelece a meta de ir mais devagar da próxima vez. Contratamos um treinador, compramos um plano de treinamento ou ingressamos em um grupo de corrida com o objetivo de reduzir 30 segundos do nosso tempo.
O que costumamos esquecer, no entanto, é que MAIS RÁPIDO ≠ MAIS FÁCIL. Alcançar um nível de habilidade em que treinar ou competir não dói mais é um mito - não existe.
Ir rápido dói. Sempre vai doer. E se você está atingindo novos níveis de velocidade ou distância, espere que doa ainda mais.
É aí que reside uma chave para desbloquear o seu potencial como atleta: se você quer ficar mais rápido, esteja preparado para sofrer, ser desafiado mental e fisicamente.
Conforme você melhora o seu condicionamento, sua taxa de percepção de esforço e sua freqüência cardíaca em uma determinada velocidade ou potência submáxima diminuirão. Em outras palavras, se você costumava correr um ritmo de 5 minutos por quilômetro, e agora pode correr um ritmo de 4:30 minutos por quilômetro, quando você correr a 5 minutos por quilômetro não será tão difícil quanto antes.
Na verdade, correr a 4:30 pode até doer mais (mesmo que no final você corra por menos tempo), já que agora você está correndo com uma intensidade maior. A conclusão é que quanto mais rápido você for, mais forte poderá ir - e mais poderá doer.
O desconforto é, na verdade um sinal de que seu corpo estava realizando algo novo. A dor aguda é um testemunho da sua melhora e crescimento. Seu corpo sabia disso, mas sua mente ainda não tinha chegado a um acordo com isso.
Lembre-se da próxima vez que estiver competindo ou num treino mais intenso: a dor nem sempre é ruim.
Como Greg Lemond disse: “Nunca é tão fácil, basta ir mais rápido”. Sofra mais rápido.
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